PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Com o fim da escravidão não havia mais sentido em manter a
monarquia, o seu papel já estava cumprido e a aristocracia podia exercer seu
poder sem nenhum tipo de disfarce. A proclamação da República, que transformou
o Brasil do regime de governo monárquico para o republicano, foi sem dúvida a
maior possibilidade de aproximar os brasileiros de seu país desde a
independência. República (que em grego significa coisa pública, de todos) no
nosso caso aconteceu por um golpe militar em acordo com setores da
aristocracia, especialmente os produtores rurais paulistas, que questionavam a
tradicional aristocracia rural ligada ao Império, mas que também não deixava de
ter a mesma origem.
A dependência econômica e cultural do Brasil em relação a
outros países se mantém com a República. Continuamos dependentes economicamente
da Inglaterra e, culturalmente, a elite brasileira era fortemente influenciada
pela França através da moda e da arte em geral nas primeiras décadas da
República.
A proclamação da República atendeu a interesses da classe
que se preparava para assumir o poder no Brasil desde a segunda metade da
década de 70 do século XIX. Essa classe era a aristocracia cafeeira de São
Paulo que em aliança com
os produtores rurais de Minas Gerais dominou a política do país e
submeteu o Estado aos seus interesses até 1930. Isso foi possível através de um
arranjo político liderado pelo Presidente Campos Sales em 1898, que depois de
várias crises políticas e econômicas dará uma certa estabilidade para o regime
republicano através de um pacto que envolvia favores e reciprocidades entre o
governo central e as oligarquias que dominavam os estados. Esse arranjo
político ficou conhecido como a “política dos governadores” e sua base de sustentação foi o “coronelismo” e o
clientelismo”.
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